Autor(a): Kiera Cass
Editora: Seguinte
ISBN: 978-85-65765-12-1
Páginas: 351
Preço: R$ 29,90
AVISO: Se você não leu A Seleção (nesse caso, não sei o que está esperando), aconselho a não ler esta resenha, pois pode conter spoilers. Para ler a resenha de A Seleção, basta clicar aqui.
A Seleção começou com 35 garotas. Agora, restam apenas seis, e a competição para ganhar o coração do príncipe Maxon está acirrada como nunca. Quanto mais America se aproxima da coroa, mais se sente confusa. Os momentos que passa com Maxon parecem um conto de fadas. Mas sempre que vê seu ex-namorado Aspen no palácio, trabalhando como guarda e se esforçando para portegê-la, ela sente que é nele que está o seu conforto.Finalmente eu li A Elite... E devo dizer que faltou pouco, muitíssimo pouco para eu não pegar esse pescocinho fino da America e torce-lo até ouvir o som do osso partindo. É, ela me irritou a esse ponto.
America precisa de mais tempo. Mas, enquanto ela está Às voltas com o seu futuro, perdida em sua indecisão, o resto da Elite sabe exatamente o que quer - e ela está prestes a perder sua chance de escolher.
Para quem leu a minha resenha de A Seleção, sabe o quanto fiquei encantada com a história e com America, já que no primeiro livro ela mostra-se como uma personagem que não leva desaforos para casa, diz o que pensa sem medo, e tem uma opinião formada sobre tudo. Eu realmente achei que ela fosse fugir daquelas personagens femininas que sempre tem algum problema de auto-estima ou daquele tipo que fica divida entre dois rapazes e age de uma maneira estúpida com o que não merece (ok, talvez esse comentário tenha uma forte influência ao meu amor pelo Maxon, mas deu para pegar a ideia não é?) e isso me irritou profundamente.
Logo no início do livro temos um ataque dos rebeldes e isso me fez pensar que este livro seria bem mais agitado que seu antecessor, e eu não estava errada.
Sabe aquele livro que você pega e a cada virada de página você perde o fôlego e não consegue parar? E então quando você termina um capítulo (isso se você for como eu que não consegue parar enquanto não termina um capítulo, ok, ok, às vezes eu não consigo parar antes de terminar o livro) você diz: "Tudo bem, este é o último." Mas, nunca é!
E eu li esse livro em um dia sentada na estação de metrô de São Cristóvão. Terminei minha prova, peguei minhas coisas, comprei meu bilhete, desci até a plataforma, sentei em um bando e disse para mim mesma que ficaria lendo até o metrô chegar. O que realmente aconteceu foi que só peguei o metrô quando terminei o livro... Ou seja, uma hora depois. Espero do fundo do meu coração que minha chefe não leia isso.
O problema, veja bem, é que quando os ataques dos rebeldes começaram neste segundo livro, eles vieram acompanhados daquela boa dose de distopia. Conhecemos um pouco mais a história do Estado Americano da China, descobrimos todo um outro lado de alguns personagens e nos surpreendemos com eles.
Uma cena que me chamou muitíssimo a atenção nesse livro, foi uma na qual vemos uma punição que acontecia muito durante a Idade Média e isso me fez pensar o quanto os EUA regressou em relação ao governo, já que nesse livro temos uma clara visão de um governo parecido com o governo que existia durante a Idade Média. E isso me fez ficar mais grudada ainda no livro.
Vários acontecimentos (os quais estou lutando contra todas as minhas forças para não deixar escapar!) fazem America questionar a honra e o caráter do príncipe o que o afasta dela e o faz se aproximar de outra pessoa.
Os pensamentos conflitantes e os súbitos surtos da America me fizeram odiar ela de uma forma saudável (se é que isso existe!), era um ódio que depois se transformava em compreensão e aí eu pensava "ah, ela tem razão".
Eu sei que vocês devem estar se perguntando: Poxa se você gostou tanto do livro, porque quatro estrelas?
Simples.
Nunca vi um triângulo amoroso mais chato que esse. Aspen, Maxon e America conseguiram, os três, me irritar. Aspen nunca teve minha simpatia e digamos que nesse livro ele me fez ter nojo dele. America, preciso dizer ainda o quanto ela me irritou? E quanto ao meu querido Maxon, bom devo dizer que ele está de castigo. Na minha opinião, em vários momentos ele agiu como um rapaz mimado, em outras, entretanto, ele me fez admirá-lo.
Apenas por esse triângulo que não me convenceu muito, foi que tirei uma estrela do livro. Mas não se engane se acha que o livro fica ruim por termos três
O que me deixou um pouco decepcionada, foi ter um "fim" um tanto quanto calmo comparado a toda a emoção e os quase ataques cardíacos que o livro me provocou, mas até entendo é justo considerando que você quase morre durante o livro.
Para finalizar, como não comentar a capa?
Lembram-se que em A Seleção eu fiz uma pequena avaliação da capa do livro referindo-me a America e sua posição quanto a Seleção certo?
Em A Elite, nós temos uma America que não se esconde mais, que agora quer ocupar seu lugar e mostrar para todos que ela tem uma opinião, um objetivo (embora às vezes ela não saiba qual é) e por isso ela mostra o rosto, mas se repararmos bem na capa, ela ainda não está completamente confiante de si mesma.
O corpo meio virado mostra que ela ainda tem medo, indecisão, receio de enfrentar tudo e, enfim, realmente mostrar quem é. O rosto que também não está completamente exposto, pois vemos mais o lado direito da face dela, traz para gente a garota que a America foi durante todo o livro: Ao mesmo tempo que ela diz o que pensa e o que quer, ela trava, fica na dúvida e em algumas vezes se esconde novamente.
Tenho um palpite de que a próxima capa ela estará completamente de frente. Será que eu acerto?