Resenha: A Morte de Sarai por J. A. Redmerski

Título: A Morte de Sarai
Série: Na Companhia de Assassinos #1
Autor(a): J. A. Redmerski
Editora: Suma de Letras
Páginas: 255
ISBN: 978-85-8105-257-1
Ano: 2015

   Sarai era uma garota comum, isso até sua mãe se mudar com ela para
   o  México junto de Javier, um traficante de drogas e mulheres.
   Javier se apaixonou por Sarai e após a morte da mãe de Sarai,
   ele mantém  a menina em cativeiro como sua "propriedade".
   Embora Sarai não seja tratada da mesma forma que as outras garotas e não sofra agressões, ela ainda é uma prisioneira que é obrigada a fazer tudo que Javier manda.
   Nove anos se passam e um dia, finalmente, Sarai vê o primeiro americano em anos na Fortaleza de Javier e com ele a sua chance de escapar.
   Porém, o que ela não sabe é que Victor é um assassino de aluguel frio e letal. Quando ele vai à fortaleza negociar um serviço, a jovem aproveita a oportunidade e foge. Victor, porém, é diferente de todos os homens que Sarai está acostumada. Ele parece ser imune ao medo e, principalmente as suas tentativas de sedução.
   Quando um acontecimento inesperado acontece, os dois são obrigados a questionarem tudo que pensavam conhecer. Victor adquiri um instinto protetor com relação a Sarai e decide ajudar a jovem a recuperar a sua liberdade, logo ele vê que além de querer ajudá-la ele também se vê disposto a arriscar tudo para salvá-la, ao passo, que quanto mais Sarai chega perto de sua liberdade, mais ela quer continuar ao lado daquele misterioso homem.



Ah! Eu não sei por que demorei tanto pra ler esse livro!! Amei! Amei! Amei!
Amo histórias de assassinos, crimes, mistérios e principalmente, com um bom toque de sedução e suspense. E esse livro traz tudo isso e muito mais!

Para quem se apaixonou por Andrew em Entre o Agora e o Nunca, prepare-se para conhecer um personagem totalmente frio, calculista e mortal.

O que mais me chamou atenção nesse livro, não foi apenas a premissa maravilhosa, mas também a forma como a autora conduziu toda a história.

Confesso que fiquei com medo de encontrar aquele romance piegas, onde a mocinha seria totalmente ingênua e inútil, até mesmo tapada. Afinal, ela viveu 9 anos trancafiada em uma fortaleza cheia de criminosos, estupradores e assassinos, fiquei com medo de encontrar aquele tipo de mocinha que não sabe se virar sozinha, que tudo corre para as asas do "mocinho". E graças a Deus Sarai não é nada disso!

Forte, inteligente, corajosa e até mesmo um pouco assustadora, ela luta pela sua liberdade com unhas e dentes, mas ao mesmo tempo que notamos uma Sarai com um coração bondoso, que se preocupa com as outras meninas que eram maltratadas, ela também é fria e completamente intensa.

Ela tem uma raiva e um ódio guardado dentro de si que a tornam perigosa e muitíssimo interessante. Adoro quando encontro um personagem que não nos mostra só suas qualidades, mas também seus defeitos e seus lados ruins, pois isso os deixam mais próximos da realidade.

Victor me surpreendeu do início ao fim. Assim como eu tinha medo do tipo de protagonista que Sarai seria, eu tinha medo de que tipo de "mocinho" seria o Victor. Só por ele ser assassino de aluguel já me deixou bastante curiosa quanto ao personagem, pois adoro histórias onde o personagem é assassino (sim, meu filho, adoro um homem perigoso!). Fiquei com medo dele vir a ser aquele tipo de personagem masculino que da noite pro dia, tem a mocinha como a única pessoa importante em sua vida, que daria a vida por ela. E não é absolutamente nada disso que encontramos em Victor.

Calculista, ele não estende uma mão a outra pessoa sem pensar que poderá se aproveitar disso ou obter algo em troca. Toda a sua relação com Sarai foi construída de uma forma muito realista e natural. Não houve forçação na hora de construir o relacionamento deles, foi no tempo certo e na hora certa. E o melhor: livre de clichês.

J. A Redmerski tem uma forma única de escrever e de criar seus personagens e cenários.
Mesmo quando Victor já tem algum sentimento ou qualquer tipo de intenção em ajudar Sarai, ele ainda permanece com um pé atrás e com o pensamento de que se tiver que matá-la, ele o fará.

Embora ele seja um assassino que aprendeu a conviver com a morte desde os 7 anos, ele tem um senso de justiça bastante impressionante. Não pude deixar de lembrar de Celaena de Trono de Vidro ao longo da leitura, afinal, são dois personagens que matam por dinheiro, mas que possuem uma alma e um código moral muito melhor do que várias pessoas por aí.

Estou muitíssimo ansiosa pelo segundo volume, O Retorno de Izabel, que será lançado em Julho desse ano pela Suma de Letras. Leitura recomendadíssima!