Resenha: Na Própria Carne por Gilliam Flyyn

Título: Na própria carne

Autor(a): Gillian Flyyn

Editora: Rocco

Páginas: 300

ISBN: 9788532522856

Ano: 2008

Camille Preaker é uma jornalista que já passou por muitos problemas e traumas na vida, resultando em marcas profundas nela. Ela trabalha num jornal local de Chicago, Daily Post, e tem como chefe o Curry.

   Bebe muitas das vezes que têm que lidar com os seus sentimentos, para esquecer momentos do seu passado ou até para esquecer o seu presente.

   Quando há a morte de uma menina e o sumiço de uma segunda menina seu chefe a manda para lá, para investigar. Esses crimes ocorrem na cidade em que Camille nasceu e, assim que teve idade, fugiu de lá, a cidadezinha de Wind Gap.

   Curry não é apenas um chefe de Camille, mas um grande amigo também. Ele é casado e não tem filhos e, por isso, a considera como a sua filha, e quer o bem dela. Vê nessa reportagem em que a manda, motivos: além dela ter vantagem como jornalista, se solucionar os crimes, o jornal também seria mais famoso e poderia resolver seus problemas internos também.

   Acredita também que ficar perto da família vai ajudar a Preaker, que com isso ela os fantasmas que a rondam e a atormentam, vão até deixá-la em paz. E, além disso, acha que ter uma jornalista nascida na cidade, fará com que os moradores falem mais sobre os crimes e sobre as vítimas.

   Mas não é assim que acontece. Assim que Camille chega na cidade para a reportagem, faz de tudo para evitar a casa da mãe, passando na delegacia primeiro pra entender os crimes que aconteceram e rondam a cidade. A ideia é ir para a casa da mãe dela e ficar lá até o tempo necessário, que ela espera que não seja muito.

   Chegando na cidade, Camille vai direto pra delegacia, conhece o delegado e o policial forasteiro responsável pela investigação. Richard e Camille formaram um dupla no decorrer do livro, ela querendo saber mais detalhes da polícia, que estão em off, mas ela tá querendo saber para colocar na sua matéria. Ao mesmo tempo, Richard quer saber o que Camille descobre com os moradores, porque acha que com essas informações pode chegar ao culpado.

   No decorrer do livro, vocês vão conhecer outros personagens e com isso vão ver a importância que eles vão ter pra trama. Alguns mais do que os outros, outros que vocês nem imaginam, vão ter mais importância ainda no final.

   Foi o primeiro livro da Gillin Flynn que eu li, mas eu já a conhecia pelo sucesso do filme a "garota exemplar". Sei que não é a mesma coisa livro e filme, que tem suas diferenças, mas como eu vi o filme e gostei da trama, achei que surpreende e instiga o telespectador a não querer piscar pra não perder um só detalhe.

   Comprei pra ver se ia me prender e impressionar, como o outro sucesso, mas não me decepcionou.      Achei a trama meio demorada pra pegar no ritmo, não tive aquela vontade de passar a noite toda lendo, falando que ia parar no próximo capítulo. No começo. Porque depois que a estória te envolve, você quer saber mais das personagens, quer saber quem é o culpado e quer desvendar, além disso, os problemas da Camille.

   É um livro bem psicótico, você entra na estória e acaba pensando em muito dos assuntos que é citado no livro e bem detalhado. O quanto uma relação entre familiares ou romântica pode mudar o jeito de uma pessoa e, com isso, a vida de várias pessoas.

   Logo que eu terminei o livro, queria vir correndo para fazer a resenha, porque por mais que tenha demorado pra me prender e não querer mais largar,é um livro muito inteligente, bem escrito, com problemas e tramas diferentes do que eu estava lendo, pelo menos, e que eu adoro.

   Recomendo pra quem gosta desse tipo de livro. Logo no começo, já temos uma noção de quem pode ser o culpado e os dramas da Camille Preaker ajudam a deixar o livro mais instigante e saber onde originou esses problemas todos e, afinal, quem é o culpado.

   Ah, e quem não gosta muito desse tipo, tem medo ou algo parecido, não achei muito pesado, acho que se lerem de manhã, dá pra esquecer até a noite. Vai ser uma leitura mais demorada mas, no fim, vale a pena.

Beijos! ;)