Estilos Literários #1 Distopia

E aí, pípol?! Como estão?!
Essa é a primeira vez que escrevo para o blog (bom, eu esperava aplausos, mas tudo bem...) e eu estou realmente empolgado por fazer parte.

Estreando na coluna Estilos Literários: Distopia!

Sim, o nome do tema pode parecer um pouco estranho, mas tenho certeza de que vocês o conhecem.

A distopia, segundo o site Significados, “é um pensamento filosófico que caracteriza uma sociedade imaginária controlada pelo Estado ou por outros meios extremos de opressão, criando condições de vida insuportáveis aos indivíduos. Normalmente tem como base a realidade da sociedade atual idealizada em condições extremas no futuro.”

Essas histórias normalmente são narradas por protagonistas conscientes da realidade e incrementadas com abusos da repressão material e mental e até mesmo da exclusividade do saber.

No livro “Laranja Mecânica”, lançado em 1962, o escritor Anthony Burgess, através do protagonista adolescente Alex, retrata uma sociedade violenta comandada por um governo igualmente agressivo e totalitário. A obra se tornou um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX.

Em 1984, “Admirável Mundo Novo”, a distopia criada pelo autor George Orwell, fala sobre uma sociedade governada pelo coletivismo. Na história, todas as pessoas que eram contra ao sistema de divisão igualitária eram combatidos e eliminados. Vem, inclusive, do Sr. Orwell a expressão “Big Brother”, “o olho que tudo vê”, hoje mundialmente conhecida.

Nos dias atuais, na trama de Suzanne Collins, vemos uma sociedade oprimida pelo medo de enfrentar os Jogos Vorazes, que fazia parte da política “pão-e-circo” instituída pelo governo, assim como na Antiga Roma, para impedir uma revolta da população para com os problemas sociais. A história de Katniss, Peeta e Gale continuam nos livros “Em Chamas” e “A Esperança”, todos lançados pela editora Rocco.

A verdade é que, hoje em dia, o tema está em alta, mas com tantas subdivisões do gênero, classificar um livro como distopia se tornou um pouco mais complicado.

A distopia pode ser considerada totalitária (onde uma sociedade é controlada pelas ideologias de um governo), cyberpunk (na qual a aceleração da evolução tecnológica é o maior problema da população), off-world (em que o universo é explorado pelo homem, podendo ter guerras interestelares e colonização de planetas), apocalíptica (onde guerras nucleares e desastres naturais fazem parte do enredo), pós-apocalíptica (na qual os seres humanos sobreviventes devem aprender a conviver no mundo devastado), alienígena (onde a Terra é ocupada ou invadida por extraterrestres), peseudo-utopia (em que a elite tem poder absoluto e os dissidentes são ameaçados e até maltratados) e até mesmo viagem no tempo (quando a personagem é enviada ao passado, ou futuro, para mudar o curso da história).

Se vocês se interessam pelo tema, aí vão duas sugestões de leituras (e uma delas já está para estrear nos cinemas, então, se você é como eu que gosta de ler antes de assistir ao filme, é melhor correr enquanto há tempo).

Na série “Divergente”, de Veronica Roth, uma cidade futurista é dividida em cinco facções de virtude (Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição). Aos dezesseis anos, durante uma grandiosa cerimônia, os jovens são submetidos a um teste de aptidão e são obrigados a escolher um grupo para o qual se unir. A protagonista, Beatrice, que muda posteriormente seu nome para Tris, entra em um conflito e descobre que o segredo que guarda pode significar a salvação de todos a quem ela ama, ou a morte. A série é uma trilogia, sendo os livros seguintes intitulados como “Insurgente” e “Convergente”. A Summit Entertainment comprou os direitos dos livros e o primeiro filme tem previsão de estreia para 17 de abril, aqui no Brasil.

E por último (sendo de longe a minha preferida), na série “A Passagem”, de Justin Cronin, vemos o mundo destruído por um vírus criado pelo próprio homem. O livro é dividido em duas partes, sendo a primeira explicando os motivos que levou o governo dos Estados Unidos a infectar prisioneiros condenados à morte com o vírus, transformando-os em uma espécie de vampiros (porém muito mais letais e diferentes do que a literatura tem nos apresentado até então); e a segunda, no mundo pós-apocalíptico, onde um pequeno grupo de sobreviventes sai com o objetivo de resgatar o nosso planeta das trevas. A história conta com mais dois livros, “Os Doze” e “A Cidade dos Espelhos”, tendo este último lançamento previsto para este ano ainda. A Fox comprou os direitos para a adaptação, mas não há nenhuma data oficial por enquanto.

Bom, por hoje é só.
Se tiverem mais livros sobre o tema para nos indicar, escrevam nos nossos comentários.
Aguardo vocês na próxima.

19 comentários

  1. Oi Carlos, tudo bem?

    Seja bem vindo ao Garota Liber =D. Meu namorado não sabia o que uma distopia até eu fazer um post semelhante lá no blog. HUAHUAHUAHUA. Muita gente lê distopias, mas não sabe que o gênero existe! Mas é que na verdade são TANTOS generos literários que a gente fica perdidinho =P

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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    1. Obrigado, Kel.
      Eu segui a mesma linha do seu namorado. Já tinha lido vários livros nesse estilo, mas jamais ia imaginar ter esse nome.
      Nada como uma boa pesquisa.
      Beijos.

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  2. Distopias, meus favoritos *-*


    http://dapontaoponto.blogspot.com.br/

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  3. Oiiii carlos!
    Também só descobri o que era Distopia depois que participei de um desafio literário e tive que pesquisar sobre os gêneros.
    O primeiro que li foi 1984.
    Eu gosto mas não é meu favorito, ainda prefiro os romances! *__*

    Beijinhos
    Sou eu... Pri!

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    1. Oi, Priscila!
      Obrigado pela visita e comentário.
      Realmente, há tantos gêneros literários hoje em dia que mal dá pra se achar.
      Gosto muito dos policiais e Harry Potter, rs.
      Beijos.

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  4. Eu discordo de você numa coisa... os subgêneros. Sim, são semelhantes, mas nem todos eu considero distopias. Para mim, distopias se baseiam num enredo onde uma sociedade vive sob um regime governamental totalitário. Mas assim... The Walking Dead, por exemplo... é um pós-apc que eu considero como distopia, porquê mesmo que não seja algo grandioso, eles vivem sob o regime do Governador. É a forma de governo que eles tem e, de uma certa forma, eles acabam partindo em busca de liberdade (outro quesito que eu acho válido em distopias: a quebra do sistema). Enfim, é isso. Minha humilde opinião! Parabéns pelo post.

    Henrique Morais
    www.fasciniosliterarios.blogspot.com

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    1. Entendi seu ponto de vista sim, Henrique, e até concordo com você em partes. Entretanto, como você deve saber, (infelizmente até) não fui que criei esses subgêneros; na verdade, fiquei até surpreso em descobri-los.
      De toda forma, obrigado por seu comentário e visita!
      Abraços!

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  5. Seja bem vindo Carlos, e já chegou arrasando na postagem!!Realmente amei esta postagem, curto demais este gênero e adorei mesmo saber mais sobre ele.
    Abraço...

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    1. Uhul! Obrigado pelo elogio, Michelli. Eu estava nervoso, mas fico feliz que tenha gostado. Esperamos a próxima agora...
      Abraços.

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  6. Oi Carlos,
    sou super fã de distopias e conheci o gênero através da trilogia de Jogos Vorazes. Também já li Divergente.
    Vou deixar três dicas de livros (trilogias) distópicos, que são Estilhaça-Me da Tahereh Mafi (Novo Conceito), o livro Silo do Hugh Howey (Intrínseca) e A Hospedeira (Intrínseca), porém este ultimo é mais voltado para o romance.
    Bjokas

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    1. Karol, obrigado pelas dicas. Vou até procurar sobre eles, pois o assunto muito me interessou.
      Beijos.

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  7. O post foi super esclarecedor para quem não sabe nada do gênero, parabéns!!

    Confesso que eu torcia o nariz para esse tipo de história, depois do primeiro livro não consegui mais parar. É muito bom, para quem não gosta de suspense, policial e quer fugir de romances água com açúcar!

    Já li vários mencionados, mas anotei A Passagem aqui, nem sabia que era uma distopia! Mais um título para a lista de Must Read, aiai!

    Beijos e boas leituras!!

    bruxinhaleitora.blogspot.com.br

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    1. Jessica, nem eu sabia sobre A Passagem. E eu sou simplesmente fanático por essa série. É muito boa. E, de certo modo, até poética. Virei fã de carteirinha do Sr. Cronin. Não deixe mesmo de ler.
      Beijos e obrigado pelo comentário.

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  8. Adorei o post. Está de parabéns. Adoro distopias, mas nunca parei pra pesquisar muito a respeito. O que você nos trouxe resume bem e deixa claro as várias ramificações que temos desse gênero que vem ganhando cada vez mais o mercado literário.
    Assisti divergente e adorei. Li apenas o primeiro livro e adorei a forma como a Roth nos mostrou esse mundo pós-apocalíptico.
    Sou louca pra ler Laranja Mecânica.

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    1. Até então eu também não sabia sobre o assunto, Rita. Mas descobri um universo paralelo, praticamente.
      Eu ainda não tive a oportunidade de assistir Divergente, mas espero que seja tão bom quanto o livro (embora eu nunca tenha tido decepções com essas transições, sei lidar muito bem com as mudanças no roteiro).
      Laranja Mecânica também está na minha lista.

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  9. Nossa, eu amo distopias <3

    Sempre gostei, mas desde que a modinha do genero estourou é que eu descobri que tinha esse nome! hehe
    não tive oportunidade ainda de ler as suas recomendações, mas né...

    E não sei se eu concordo completamente com a sua classificação de distopia...Eu acrescentaria que, em boa parte das vezes, mesmo sendo um regime totalitário que oprime a população, a maior parte das pessoas está feliz com isso e nem parece perceber, como em Fahrenheit 451.

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  10. Oi, nossa eu ainda não li nenhum livro do gênero, todo mundo esta falando e eu aqui boiando hehehe adorei o post nossa agora vai ficar mais fácil para mim identificar esse gênero quando estiver lendo um livro e não souber que gênero ele é hehehe, pois é sou dona disso.
    Beijos!!!

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  11. Olá Carlos,
    não conhecia muito a distopia e posso dizer que comecei muito bem com A Revolução dos Bichos. Depois veio Jogos Vorazes e agora Divergente. Estou apaixonado pelo estilo!! Ainda não li A PAssagem, mas pq ele intimida um pouco no tamanho kkkkk
    Super Abraço!

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