Resenha: Divergente por Veronica Roth

Título: Divergente
Autor(a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 502
ISBN: 978-85-7980-131-0
Ano: 2011

Em uma Chicago futurista, 5 facções foram criadas após a guerra: Amizade, Erudição, Franqueza, Abnegação e Audácia.
"Os que culpavam a agressividade formaram a  Amizade.
Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição.
Os que culpavam a duplicidade formaram a Franqueza.
Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação.
E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia."
Aos 16 anos, os jovens são submetidos ao Teste de Aptidão, onde saberão a qual Facção pertencerão pelo resto de suas vidas.
Beatrice Prior, não consegue decidir. Por um lado, ela não quer abandonar os pais e sair de sua Facção de origem, a Abnegação, por outro, ela quer ser ela mesma. Durante o Teste de Aptidão, ela descobre que é diferente e que essa diferença poderá matá-la. A escolher sua facção, ela surpreende aos pais e a ela mesma.
Durante a iniciação, Beatrice deixa seu nome para trás e vira Tris. Ao competir com outros iniciandos por um lugar na sua nova facção, ela começa a perceber que seu lugar talvez, realmente, seja ali.
Agora, ela tem que vencer seus competidores para não virar uma sem-facção,  saber quem são seus verdadeiros amigos e ainda encaixar um relacionamento com um rapaz que mexe com ela de formas que ela não poderia imaginar.

Confesso que quando li a sinopse de Divergente fiquei intrigada, mas depois outros livros vieram e eu acabei esquecendo. Quando, enfim, peguei este livro para ler, não consegui desgrudar dele até terminar.

O único contato que eu havia tido com distopias havia sido com A Seleção da autora Kiera Cass e Jogos Vorazes da Suzanne Collins, mas nenhuma das duas me deixou tão fissurada quanto Divergente.

Tris, é a primeira protagonista feminina que me conquistou. Longe de ser uma menina assustada que se esconde atrás de outros personagens, ela é forte, altruísta, corajosa e totalmente independente.
Confusa com os fatos que vai descobrindo sobre si mesma e sobre a sociedade na qual vive, ela luta para conseguir superar seus medos e aqueles que já nasceram na facção que ela escolheu.

Eu estou me segurando para não sair falando de todos os detalhes que gostei e dar spoilers, juro que estou.

Quatro, é o tipo de personagem que encanta e assusta ao mesmo tempo. Instrutor dos iniciandos transferidos, ele é duro, frio, calculista e totalmente apaixonante. Com um apelido curioso, mas com uma justificativa totalmente plausível, ele nos encanta com sua força e sua quase gentileza.

Não são muitos livros que ao terminar, eu releio imediatamente, mas fiquei feliz em ver que Divergente foi um deles.

A narrativa de Veronica Roth é leve e fácil. Narrado em primeira pessoa pela Tris, o livro conta com detalhes importantes sem serem massantes ou chatos, outro ponto positivo do livro, foi a falta de "mimiseira" como uma amiga minha diz. Tris não é do tipo de personagem que fica debatendo consigo mesma se ela é bonita ou não, se ele gosta dela ou não, ou se faz isso ou não.

Ela é direta e certeira. Eu diria que Tris é um gigante no corpo de uma garota baixinha de 16 anos. Ela é a prova literária de que não precisa ser alto, forte e belo para chamar atenção e fazer a diferença.

Indico para todos que gostam de uma boa distopia.
Para aqueles que não sabem, Divergente foi adaptado para as telonas de cinema e se encontra em cartaz com Shailene Woodley como Tris, Theo James (lindão) como Four e Kate Winslet como Jeanine Mathews.