Papo com Carlos #1 | O menino que sobreviveu

Hey, pípol! Como vão?
A quarta-feira amanheceu nublada, mas é dia ensolarado aqui no blog, porque é dia de estreia da nova coluna: Papo com Carlos.
Sim, honorários seguidores, o Garota Liber liberou um espaço quinzenal para que eu simplesmente possa falar sobre tudo e qualquer coisa referente ao universo literário, expor opinião, fazer críticas e comparações, e eu não posso negar que estou particularmente ansioso para o fazer.

Então, para uma matéria de estreia, dentre todas as opções infinitas da minha cartela de escolha, achei que seria mais do que sensato se eu fosse fiel a mim mesmo e, sobretudo, a minha tatuagem das Relíquias da Morte no pulso esquerdo.

É isso mesmo, muggles, hoje nós vamos falar de: Harry Potter!

Tudo bem, podem achar que esse não é um tema muito atual, mas acreditem: ele ainda é. Porque apesar de já terem se passado nada menos que sete anos desde a publicação do derradeiro livro da série, o fenômeno continua tão vivo quanto antes. E essa comoção que parece não acabar (e que possivelmente nunca chegará ao fim) se deve a um simples e indiscutível fato: Harry Potter é insubstituível.

Ao contrário da maioria das outras estórias que vemos por aí, J. K. Rowling criou um universo inatingível que continuará não somente presente no coração daqueles que já usufruíram do seu expansivo conteúdo como também resistindo elegantemente por algumas dezenas de anos.

Eu conheci Harry Potter em uma situação muito incomum. Quando eu tinha treze anos, meu irmão e eu descemos para brincar no play do prédio com outros garotos que moravam no condomínio e, ao chegarmos lá, encontramos todos eles quietos, sentados, absortos lendo um livro. É claro que achei estranha tal situação, porque naquela época um garoto que optasse por ler ao invés de jogar futebol ou era por motivo de prova no colégio ou porque estava sendo ameaçado em casa com uma arma na cabeça pelos próprios pais. Mas a questão é que, diferente de todas as possibilidades que eu havia criado na minha cabeça, eles estavam lendo por puro prazer. E então, no dia seguinte, já iludido pela possibilidade de receber uma carta oficial de Hogwarts, fui a uma livraria e comprei de uma única vez os quatro primeiros livros da série. (Por isso, e somente por isso, devo confessar que acredito, sim, em amor à primeira vista.)

O enredo, embora tenha sido escrito originalmente para crianças e pré-adolescentes, alcança com facilidade todos os públicos e ainda consegue englobar, apesar da narração se passar em uma realidade paralela a nossa, todas as questões socioeconômicas e culturais com que somos obrigados a nos deparar no dia-a-dia. E é isso que o tornará sempre atual, porque, acima da batalha entre o bem e o mal e de todas as conquistas e derrotas que ela possa vir a deslumbrar o leitor, nos deparamos com estórias secundárias que envolvem desde questionamentos filosóficos até a fidelidade, amizade e preconceito, que são os fatores que realmente dão vida à incrível criação de Rowling.


E, como se não bastasse toda essa encantadora propriedade com que a escritora nos apresenta sua própria versão do mundo mágico, filmes e parques temáticos ajudaram e ajudam até hoje para que toda essa magia permaneça em ascensão e seja disseminada aos quatros cantos do globo. (Não que eu realmente acredite que alguma pessoa viva nos últimos dezessete anos não tenha ouvido falar do menino que sobreviveu.)

O mais interessante, talvez, é que todos que presenciaram esse fenômeno em tempo real, que aguardaram os lançamentos dos livros e passaram horas nas filas de pré-estreias dos filmes contando os minutos até meia-noite, levarão para sempre essas recordações em suas vidas e, sobretudo, a sensação de que, ao relerem um dos volumes publicados ou se sentarem em frente a suas televisões para assistirem Harry, Rony e Hermione enfrentarem todos os tipos de perigos humanos e sobrenaturais, estarão descobrindo a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts como se fosse a primeira vez.

Eu sinceramente espero que essa realidade não se dissipe. Contentaria-me muito saber que as próximas gerações jovens, assim como a minha, acompanharão Harry Potter do início, como a própria autora escreveu na dedicatória do sétimo livro e eu perpetuei no meu próprio pulso, until the very end (até o fim).

E é isso, minha gente. Curtiram?
Eu particularmente gostei muito de escrever essa matéria e acredito que vou me divertir ainda mais com o que ainda vai vir.

Semana que vem eu volto com a Estilos Literários e, na quarta seguinte, com meu desabafo sobre Percy Jackson.
Vocês não vão perder, né?!
A gente se vê lá.
Nox.


12 comentários

  1. Oi carlos,
    Adorei a coluna e conhecer um poquinho mais sobre sua paixão so HP. Confesso que ainda não li nenhum dos livros, mas já estou me preparando pra comprar a coleção e me perder nesse mundo fantástico.
    Adorei a forma que você conheceu os livros e começou sua paixão.
    Pra completar o post só faltou uma fotinha da sua tatoo... rsrs

    Bjok

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  2. Lumos.
    Oi Carlos. Que lindo! Eu adorei sua coluna e espero poder ler suas próximas matérias!
    Sou obrigada a comentar quando alguém posta sobre meu assunto favorito: Harry Potter.
    Achei que tu escreve super bem e isso só me dá mais orgulho da Saga! Sério. Não é todo dia que eu encontro um fã que não é poser, muito menos burro, posta em um blog literário e tem mais de vinte anos! Que emoção.
    Tua matéria é coerente e bem escrita. Parabéns.
    Como disse a Raquel aí em cima, só faltou a foto da tatoo!
    Abraço.

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  3. Acho que HP nunca vai acabar mesmo, ele realmente é insubstituível. Comigo já não foi amor a primeira vista, eu ouvia tanta gente falando mas achava que era tão chato que nem pensava em ler, mas uma amiga minha me encheu tanto pra ler que eu li só pra ela parar de encher, e amei o livro! Depois fui na livraria e comprei todos da série e devorei eles *u*
    Amei a matéria!
    Beijos!

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  4. Oi Carlos,

    Bom, eu sou uma quase quarentona, entao te confesso que não tive um amor a primeira vista pelo HP. No inicio achei que não iria me atrair, fui me interessar pelos livros após assistir o primeiro filme. Mas depois que meu filho de dez anos e meu filho de sete anos começaram a se interessar, me rendi a esse amor. Hoje temos todos os filmes, assistimos volta e meia tudo de novo e eles nao se cansam de assistir. Nao consegui faze-los ler os livros, mas ja fiquei feliz em saber que eles curtem HO. Só conseguir fazer o de dez anos ler Percy Jackson. Parabens pela coluna.

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  5. Oi Carlos!
    Simplesmente adoooooro HP!
    Perdi as contas de quantas vezes já vi os filmes, e sinceramente, não me canso!
    É mágico!
    Estou criando coragem para fazer uma tatoo também, e as reliquias da morte é a minha opção!

    Beijinhos
    Sou eu... Pri!

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  6. Eu também sou apaixonada por Harry Potter, e comigo também foi amor a primeira vista. Desde o momento que vi o primeiro livro na livraria, já me apaixonei por ele, e hoje é minha série preferida <3
    Eu realmente acho quase impossível alguém não conhecer HP, mas tem louco pra tudo né...
    Bjs

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  7. Carlos, adorei a coluna e dá para sentir que você teve prazer em escrever essa matéria. Embora eu goste muito de Harry Potter, não passei por essa fase de aguardar ansiosamente pelos livros e adaptações, acho que na época eu andava muito desligada ou não estava nessa vibe, sei lá. Porém o fato é que eu tenho vontade de um dia parar e ler os livros da história e poder entender o que muitos sentem ao falar dela.

    Bjs, Glaucia.
    www.maisquelivros.com

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  8. Adorei a forma como voce conheceu HP!! nao que eu seja fa da saga ou ja tenha lido ( :S eu sei, devo ser o unico ser q nao leu ainda, mas um dia eu lerei, acredito nisso) é realmente muito raro garotos lerem por livre e expontanea vontade!! meus futuros filhos lerão u.u quero nem saber kkkkkkkkkk

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  9. Já fiquei abismada com o fato de você ter uma tatuagem da Relíquias da Morte, eu tenho vontade de tatuar uma frase da minha saga favorita, mas não tenho a coragem. Meu primeiro contato com HP, eu acho que tinha por volta de 7 anos, a professora passou o filme na escola e sendo bem sincera não entendi muito, acho que eu não tinha tanto interesse e tal
    Acho bonito como algumas sagas vem para eternizar e quando somos apaixonados por elas queremos ter tudo e qualquer coisa que saia desse universo.
    Meu amor por livros, o que me despertou para essa vida de bookaholic e me tornou viciada não foi HP, mas creio que cada pessoa tenha uma que conquiste e realmente não são substituíveis, são eternas

    bjo

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  10. Oiee.
    Confesso que não sou muito fã de Harry Potter não. Nunca tive vontade de ler nenhum dos livros e devo ter assistido a apenas dois dos filmes.
    No começo eu até achei legal, mas depois pra mim perdeu a graça e deixei de assistir o resto.
    Não curto.
    Bjokas!

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  11. Oi Carlos, tudo bom?
    Parabéns pela coluna nova! Sei que vai arrasar! Cadê a foto da tattoo? Queremos ver!
    Eu amo HP desde meus 11 anos, eu cresci lendo os livros, comprando nas pré vendas, indo ao cinema assistir às estreias. É insubstituível!
    Beijos
    Endless Poem

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  12. Oi Carlos, considerando todas as definições de hoje em dia para a palavra, posso me considerar uma total poser de HP. Assisti aos dois primeiros filmes quando criança e já amei logo de cara. Perdi a conta de quantas vezes já assisti A Pedra Filosofal, é o filme que mais gosto de todos os 8, mas adoro assistir cada um deles. Sempre que estou mudando de canal e está passando um dos filmes, pode ter certeza que vou parar por ali e assistir até o fim. Só que nunca li os livros e não tenho tanta vontade assim, já cheguei a ler O Enigma do Príncipe e não gostei muito. Um dia eu sei que ainda vou ler todos os livros porque quero muito ler A Pedra Filosofal, só não sei se irá me agradar tanto quanto o filme. Beijos

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