Resenha: Lenny Cyrus, o supervírus por Joe Schreiber

Título: Lenny Cyrus, o supervírus
Autor(a): Joe Schreiber
Páginas: 271
Editora: Globo Livros
ISBN: 978-85-250-5401-2
Ano: 2013
Classificação: 5 Estrelas

Lenny Cyrus, o supervírus foi inspirado nos filmes Viagem Insólita (1987) e Querida Encolhi as Crianças (1989). Escrito pelo autor americano Joe Schreiber que também escreveu o romance juvenil Au Revoir, Crazy European Chick (2011); Death Troopers (2010) e Red Harvest (2012), histórias que mesclam o universo de Guerra nas Estrelas com o tema de zumbis.

Lenny é um garoto de treze anos com um Q.I maior do que o Texas. Ele entende tudo de ciências, mas como nem tudo é perfeito, ele é um completo fracasso no amor. Depois que foi salvo do encrenqueiro Mick Mason - o valentão de sua escola - pela Zoeey, ele se apaixonou, mas simplesmente não consegue se declarar para ela.
Até que um dia ele tem uma brilhante ideia! Ele decide que irá entrar - literalmente -  no corpo de Zooey e mudar o pensamento dela com relação a ele. Então ele  reduz a si mesmo ao tamanho de um vírus e se infiltra no organismo de Zooey.
A única pessoa que sabe dessa ideia maluca e arriscada é seu melhor amigo, Harlan, que se meterá em um monte de confusões afim de ajudar seu amigo a ter sucesso em seu plano e a não matar a garota amada no processo.

Divertido é pouco para esse livro. Eu simplesmente me acabei de rir com esse livro, provavelmente foi o livro que eu mais marquei quotes até agora. Ainda não consigo decidir quais colocarei aqui.

Totalmente nerd e divertido, Joe, vai nos contando as aventuras de Lenny, Harlan e Zooey alternando a narrativa com o ponto de vista dos três protagonistas. Se você acha que encontrará apenas termos científicos e uma narrativa chata engana-se completamente.

Além da ciência presente no livro também encontramos as dificuldades da vida adolescente como o primeiro amor, as amizades verdadeiras, a inveja e o complicado relacionamento de pai e filho.

O Lenny é uma figura! Nerd da raiz do cabelo ao dedo mindinho do pé ele te diverte até mesmo na hora de falar romanticamente da Zooey.

Por trás dos óculos, os seus olhos tinham aquele azul de metileno puro que só se vê em soluções químicas perfeitamente balanceadas. Lenny, pág. 10  

Harlan é aquele amigo que mesmo sabendo que se meterá na mais absurda das confusões mergulha de cabeça para ajudar o amigo. Super bonzinho e com um coração enorme ele se mete nas mais terríveis e engraçadas situações para ajudar seu amigo a ter sucesso nessa ideia maluca.

"O que tem aí?"
"É uma pomada super condutora de nucleosídio de purina que consiste em guanina ligada a..."
"O.k., desculpa ter perguntado. - Peguei um pouco da guanina e comecei a espalhar coluna abaixo. Harlan, pág. 59

Zooey é o que podemos chamar de mocinha nada indefesa. Completamente aérea a paixão de Lenny por ela. Sua maior preocupação é a peça de teatro para o Natal que ela ficou dois anos escrevendo e preparando cada detalhe. Assim como o Harlan e o Lenny eu adorei ela!

O Lenny levantou os olhos para mim e fez um barulho, como se estivesse tentando limpar a garganta, mas sem sucesso. Zooey, pág. 33 

Agora eu devo dizer que o que mais me divertiu no livro foram os organismos no corpo da Zoeey. Joe, descreveu nossos leucócitos, Glóbulos Brancos, Vírus e Bactérias como se fossem pessoas e vivessem em um mundo como o nosso, só que claro, dentro do nosso corpo.

A substância à minha frente chegou mais perto e pude sentir o calor emanando dela em ondas.
"Eu curto a sua composição química." eu gritei.
"Obrigada!" ela gritou de volta. "Qual o seu nome?"
"Lenny."  Lenny, pág. 114

"El Cyrus vírus?" A coisa fez um gesto como se encolhesse os ombros. "Bom, que seja. Então você deve ser novo no sistema, né? Não se preocupe, eu te levo para conhecer. Curtiu a corrente?" Lenny, pág. 82 

Lenny Cyrus, o supervírus é uma leitura muitíssimo divertida e que recomendo para todos os públicos de todas as idades.

Confira, também a resenha em vídeo!